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Auto-retrato aos 29

Auto-retrato aos 10657 dias de vida. Nasceu em 1988, em Sorocaba, São Paulo. Teve 4 namorados, esqueceu-se das paixões, deixou pra lá as desilusões. Não gerou filhos. E não adotou nenhum gato, ainda. Altura 1,60 metros. Sapato 24,5 centímetros. Manequim subindo ao 40. Gosta de andar por aí e tirar fotos do que achar bonito no caminho. Tenta começar a correr todos os meses, falha quase sempre. Usa o fato de andar no trabalho como desculpa para não precisar se exercitar. Não gosta quando há muitas pessoas nos lugares que quer fotografar. É indiferente aos vizinhos, escuta música de madrugada e provavelmente os incomoda. Detesta seus momentos de insegurança. Tem horror às pessoas egoístas. Usa óculos com 2,5 graus de astigmatismo e 2 de miopia; resultado de uso de prescrições erradas. Usou cabelo moicano e alargador na adolescência, pintou o cabelo pela primeira vez aos 26, quer ter cabelo cor de unicórnio aos 30. Continua desejando uma tatuagem. Nunca vai conseguir deci

It will hurt anyway

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Mesmo que eu acorde todos os dias com a melhor das intenções, e ponha o pé direito no chão antes do esquerdo, e diga bom dia para todas as pessoas que eu encontrar, e dê licença e peça perdão;  Mesmo que eu ofereça a ajuda que não me é solicitada, e não me meta em assuntos que não me dizem respeito;  Mesmo assim, eu talvez nunca receba o 'bom dia' que dei com o mesmo sorriso matinal que eu oferecer, pessoas se chocarão contra mim como se eu fosse invisível e eu não vou ouvir um pedido de desculpa;  Ainda assim, não é sempre que presenciarei gestos de gentileza, e nem sempre poderei ser quem eu realmente sou sem me preocupar com o que podem pensar de mim, porque irão. Mesmo que eu ofereça todo o amor que há em mim, e devotamente viva esse sentimento, com muita fé e força;  Mesmo que eu corra e nunca me atrase, pague e nunca mais cobre;  Mesmo assim, ninguém vai poder me dar o amor em igual medida e nem será tão delicado com o que sinto;

Life without you

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Without you, tomorrow will come anyway, people will wake up everyday, some earlier, some later, then will go to work, then will have lunch, then will come back home; like them I'm still gonna have to do the same things, still gonna have to face the routine, still gonna have to use the telephone; like most people I still gonna have tomorrow coming anyway; without you, my laundry won't go wash it by itself, my room won't get clean by itself either; without you, my body still will need food to survive and still will need water; without you, I still gonna see my friends, still gonna plan a trip, still gonna make plans for the future; without you, I'm still gonna be breathing, still gonna be walking, still gonna need to sleep; without you, life will still go on, and on, and on, and on; everyday may come as it should come, everyday lots of babies will be born, and lost of people will die; couples will break up, couples will get back together, couples will make love and o

Prazer no trabalho

Não gosto das pessoas que se gabam de trabalhar penosamente. Se trabalho fosse assim tão penoso mais valia que fizessem outra coisa. A satisfação que o nosso trabalho nos proporciona é sinal de que soubemos escolhê-lo. Clarice Lispector

Morrer em doses ou embriagar-se?

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Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da ch

Das tantas

Das tantas cartas de amor que eu escrevi até então... Nada. Das tantas lágrimas... Secas. Das tantas mãos... Nenhuma. Dos tantos laços... Desfeitos. Dos tantos olhares... Vazio. Dos tantos sentimentos... Feridas abertas. E agora então, o que me resta? ________________________________________________________________________________ Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.) Álvaro de Campos, 21/10/1935

Se algum dia a gente se encontrar...

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Eu procuro um amor Que ainda não encontrei Diferente de todos que amei... Nos seus olhos quero descobrir Uma razão para viver E as feridas dessa vida Eu quero esquecer... Pode ser que eu a encontre Numa fila de cinema Numa esquina Ou numa mesa de bar... Procuro um amor Que seja bom prá mim Vou procurar Eu vou até o fim... E eu vou tratá-la bem Prá que ela não tenha medo Quando começar a conhecer Os meus segredos... Eu procuro um amor Uma razão para viver E as feridas dessa vida Eu quero esquecer... Pode ser que eu gagueje Sem saber o que falar Mas eu disfarço E não saio sem ela de lá... (Segredos - Frejat)