Nada nem ninguém

Nunca me achei grande coisa. Acho que muitas vezes não cheguei a ser nem pouco. E sempre vivi acreditando nisso. Porque crescendo eu sempre vi todo mundo sendo melhor do que eu, ou mesmo que não fosse, sempre vi mais reconhecido. Porque vivendo eu só me vi com os olhos dos outros, mas os outros também nunca me enxergaram. Nunca tive grandes sonhos. Até onde posso me lembrar eles sempre foram um tanto quanto imaturos. Então eu não era alguém. Nem para mim e nem para ninguém.

Mas...

Algo aconteceu um dia. Ou algo aconteceu sucessivamente. Não sei bem dizer. Depois de um telefonema de mais de uma hora. E depois de uma noite toda em claro. Eu acho que tomei um murro da vida. Ou eu caí na realidade. E pensando eu descobri que ser nada e ser ninguém nunca me levariam a ser alguém para quem eu queria bem. E sonhando eu me fiz ver que a vida era mais do que eu até então vivi. E querendo eu me planejei para alcançar o que eu queria, para merecer o que eu desejava. E assim eu não me vejo mais como nada.

Embora...


Eu não tenha me tornado alguém para "você sabe quem" foi para mim mesma que eu deixei de ser ninguém. E mesmo que ainda haja muito para me provar ainda há muito para conquistar. E de repente querendo ser digna de merecimento foi mais o contrário que me convenceu. Porque desde então é a mim mesma que eu devo merecer. E nem nada nem ninguém vai  poder me esmorecer.



Ah, claro... dedico para você Feijão.

Comentários

  1. Na maioria das vezes vc escreve uns versos que me deixam meio louco. como se eu estivesse viajando em cada palavra, para entender o contexto.kkkk. po maior viagem kah.rsrsrs

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