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Because I really want to believe in that

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Entupido.

Tem dias que são assim... Os pensamentos não fluem... As palavras não saem... Ai... como eu faço para me livrar de tudo isso?

Mas é preciso mais que isso

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Se para sonetear algo de extremo valor fosse-me necessário apenas sonho e vontade... Feitos, haveriam de estar mais de mil sonetos...

Passarinho

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Passarinho, Pousou no meu quintal Veio, olhou, posso dizer que gostou. Voltou dia após dia, Encantei-me. Hipnotizada por aquele ser Alimentei-o de sonhos, desejos, anseios... Não posso dizer porque gostei. Comeu, bebeu, cantou... Fi-lo parte da minha vida Encaixei-o na rotina Acostumei-me. Passarinho, Voou do meu quintal Sem mais sentimentos novos Partiu... Nem percebi. Comeu? Bebeu? Cantou? Morreu? Agora não posso mais dizer... (Eu)

Conjugação.

   Eu mudo    tu mudas    ele muda    nós mudamos    vós mudais    eles mudam    eu mudava    tu mudavas    ele mudava    nós mudávamos    vós mudáveis    eles mudavam    eu mudei    tu mudaste    ele mudou    nós mudamos    vós mudastes    eles mudaram    eu mudara    tu mudaras    ele mudara    nós mudáramos    vós mudáreis    eles mudaram    eu mudarei    tu mudarás    ele mudará    nós mudaremos    vós mudareis    eles mudarão    que eu mude    que tu mudes    que ele mude    que nós mudemos    que vós mudeis    que eles mudem.

Sobre o dia em que tudo mudou

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Difícil descrever a reviravolta que o seu mundo deu naquele dia... Ela se sentou um pouco para tentar encaixar os fatos na sua cabeça... Reviu como um filme, quadro a quadro... Parou o olhar na parede branca do quarto e se sentiu assim, como uma parede branca... O que realmente aconteceu? Difícil acreditar no que lhe acontecera. Até o fatídico dia havia pensado sim na possibilidade, no entanto nunca havia julgado ser possível... Talvez esse tenha sido o motivo dela não ter parado para pensar e analisar os fatos quando estavam acontecendo... Porque simplesmente não lhe parecia real... E de repente, não mais que de repente, tudo havia mudado. E agora? Era o que se perguntava olhando para o branco da parede. E nada podia ver além do branco. Assim como o branco é a união de todas as cores, esse branco era resultado da junção de um turbilhão de pensamentos, memórias e reflexões na cabeça dela sem achar saída ou conclusão ou qualquer coisa que servisse. Nada além de um branco. Nada.

Um presente

Ausência Por muito tempo achei que a ausência é falta . E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim. Carlos Drummond de Andrade *Tomei como um presente para mim. Por capricho mesmo.

We’re the substitute people, remember ?

You and I have a special talent, and I saw it immediately. We’re the substitute people. I’ve been the substitute person my whole life. … I like it that way. It’s a lot less pressure.           Film: Elizabethtown Who hasn't felt like a substitute person at some point? While being a substitute person does mean that you had to be close enough to the real thing to earn the title of substitute, it also means that you weren't quite good enough, or funny enough, or smart enough, or good-looking enough. And the worst thing about it is—you know it, but since being a substitute person is better than not being in the game, you accept the position. From: here

Tabo Garcia

Adorei: http://www.flickr.com/photos/tabogarcia/sets/72157594328101901/show/ :) Tô escutando: Free fallin' - John Mayer

Nos braços

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E ela pensou que estar ali poderia durar toda a eternidade... podia deixar o corpo dele repousar no seu colo a vida inteira... Ali estava melhor que a noite inteira... e de tudo, só isso fez valer a pena. Mesmo que no final não haja recordação do momento ou mesmo consciência de que este tenha existido para ele, mesmo que o contemplar ou os cafunés fiquem registrados apenas no corpo dela, mesmo que no final de tudo ele tenha apenas ido embora. "Se ele apenas imaginasse..." desejou... porque a esperança ali estava a cutucar... porque o sentimento ali estava a despertar... porque nunca pôde estar ali tão perto como sempre quisera estar... porque mesmo que nem haja o que esperar, ali ao menos podia sonhar... E para ela a vida agora parecia tão simples e fácil... e ele lhe parecia tão frágil e perdido... ainda que toda atitude dele tentasse passar o contrário, ainda que palavra alguma proferida por ele lhe dissesse o provável... E ela nunca quis proteger tanto aquele ser.

A descoberta do amor

       “[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.         Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.        Antes de me reconciliar com o processo da vida, no

Na vida

É, eu tinha dessas coisas, eu tinha desses momentos, de coisas que, vai entender, sei lá, me faziam sentir mais viva... Momentos que, eu sei, outros sabem do que estou falando... Talvez seja mais fácil se eu descrever: é só imaginar AQUELA chuva sobre a cabeça, caindo sem parar, com gotas pesadas, quase sem sentir que existe ar em volta de você, mas que lava a alma e acaba só por restar apenas esse exato momento... Ou aquela noite FRIA em que você sai só por sair e que quase te mata de TÃO congelante, mas o céu está tão limpo e você pode ver as estrelas tão claramente que isso já nem importa... Ou estar sentado em cima de uma pedra que te custou muito pra subir e ver AQUELE pôr-do-sol... que pode não ser o mais belo que já existiu, mas que no momento não poderia ser mais perfeito... Ou ficar à sombra de uma árvore num dia de sol lendo Fernando Pessoa... Ou pular na água de roupa e tudo num dia BEM quente... Momentos assim, que quando me voltam, vem quase tão reais, que pareço estar al
Faz um tempinho que vi... acho que deveria rever... Sei lá, quem sabe...

Não Quero

Não quero alguém que morra de amor por mim… Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim… Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante para mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível… E que esse momento será inesquecível… Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre… E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém… e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou

Not yet

Ainda Nada ainda se cumpriu mas tudo se pressente e prepara como um presente: uma torrente de palavras inflamadas,                       ou corpos curiosos impondo um silêncio quente e úmido, um único abraço, muito longo, primeiro escondendo, sem graça, o gelo das mãos, e então derretendo, escorregando até ser inteiro, extenuando o desejo, que renascerá do nada, num beijo. Vânia Belmont Acabei com o pacote fechado nas mãos...

Insônia

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O tique-taque do relógio Não sintoniza com o meu pensamento Tique-taque Maldito barulho, tirou-me o sono Tique-taque Sinto o pesar da madrugada sobre a cama Tique-taque Mil vezes refleti no meu cotidiano Tique-taque Que saudade de ser criança! O tique-taque Roubou-me o sono A mente pula do tique ao taque Inacabável tortura Faz sentir o quanto é tarde Quando diz que já é cedo.

Às vezes

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Às vezes me atrevo a sentir... E me reservo o direito de aproveitar...

O final do fim de semana

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Foram longas horas naquele engarrafamento... Foram muitos sentimentos... A raiva de estar presa ali, a ansiedade de chegar logo, o cansaço de uma longa jornada iniciada muitas horas antes, a felicidade de finalmente ser final de semana, a dúvida de uma expectativa... Mas, qual deles a fizera correr tanto pra chegar ali? Foi o que ela se perguntou o caminho todo. E sentia uma estranha esperança, sentiu que ganhara dela um par de asas que faziam com que ela constantemente voasse pra longe dessa realidade... E foi com asas assim que finalmente "voou" pra casa, chegou eufórica, família finalmente, gente finalmente, diálogo finalmente! "Eu sei que já combinei de passar por lá... Mas queria que ele não desistisse de mim pra que eu possa desistir disso que planejei"... Ai quantas minhocas minhocando na cabeça! Foi assim até a primeira desculpa... Mais um desencontro? Vamos pro banho... "Vai destino, tá na suas mãos!" E o destino... largou mão pelo jeito? O

Os seus, são seus...

Às vezes me pergunto se a idéia que eu tenho de felicidade não é apenas a idéia que os outros esperam que eu tenha. Todos esperam que você trabalhe muito, ganhe muito, compre muito, corra muito, saiba muito, pense muito, estude muito, faça muito, adquira muito, guarde muito, se segure muito, tenha muito. E quando você alcança o muito, espera-se sempe mais. Trabalhe  mais, ganhe mais, compre mais, corra mais, saiba mais, pense mais, estude mais, faça mais, adquira mais, guarde mais, se segure mais, tenha mais, e mais, e mais... E todos esperam que você queira muito isso. Não é loucura? Assim percebo quando sonho algo e julgo muito pequeno... mas que sonhos são pequenos?! Sonhos são sonhos! E os meus, são meus.
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Meu coração está sedento De tão ardido pelo pranto Dai um brando acompanhamento À canção do meu desencanto

O amor acaba

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; me

Se tudo pode acontecer...

E eu também.

Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime.   (Extraído de  Tabacaria - Álvaro de Campos )

Escolher ou ficar na dúvida?

Dormir ou estudar? Falar ou discutir? Comer ou jejuar? Pelado ou com roupa? Ver ou enxergar? Sorrir ou chorar? Sair ou ficar aqui? Sonhar ou despertar? Viver ou morrer? Água ou refrigerante? Luva ou anel? Lentes ou óculos? Homem ou mulher? Filho ou camisinha? Rápido ou demorado? Livro ou TV? Redondo ou quadrado? Terra ou Marte? Começo ou fim? Começo e fim ou fiim e começo? Agora? Ou depois? Sim ou não? Por quê? Ou... Por que não? Pular ou cair? Fugir ou enfrentar? Sozinho ou mal acompanhado? Eu ou ele? Eu ou nós? Ouvir ou tapar? Casar ou juntar? Amor ou amizade? Viagem ou saudade? Parar ou continuar?

Uns versos meus...

Espero espero alguém notar Rastros secos em meu olhar Falsos risos a me matar A maldita esperança a me enganar (aos 16...)

Coincidência...

Estava lá eu em pleno sábado a noite, em casa (para variar), e resolvo abrir um livro do Fernando Pessoa... e dei de cara com alguns versos... gostei e logo depois vi a data em que foram escritos... no mesmo dia há 80 anos atrás... O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos. Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma cousa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na                                                                            ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio. Fernando Pessoa                                                                                                 10-7-1930 Passei

Alguém me dê!

Alguém me dê um amor assim, daqueles bem piegas, daqueles bem brega, do tipo que tem direito a música do Bon Jovi, apelidinhos ridículos e vozes engraçadas... do tipo que tem bilhetinho, flor, chêro e cafuné... do tipo que eu nem faço idéia de como é...

5 coisas que olhando pra mim hoje não dá pra dizer.

1. Eu já fui MUITO gordinha 2. Eu já tive um moicano 3. Eu andava de skate 4. Eu escrevia poesia 5. Eu fui tagarela

Happiness

"A Felicidade só é verdadeira quando é compartilhada.” Christopher Johnson McCandless.  

Rilke

"Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las. E é disto que se trata, de viver tudo. Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas." (Cartas a um jovem poeta - Rilke)

Nobody knows

Eu acho que eles não sabem... Talvez eles nem percebam.. O que o silêncio guarda... O que o coração carrega...

Hey, soul sister

Colou no pé do ouvido:

Redundâncias

A minha vida às vezes parece uma longa e infinita cadeia de ciclos... Ciclos redundantes... Sucessivamente passando... sucessivamente indo... sucessivamente voltando... Imagine um cão correndo inutilmente atrás do próprio rabo... Eu sou o cão.

E se...

E se tudo não passasse de uma grande farsa?

Hey, eu continuo aqui

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E eu ainda continuo aqui... E a ilusão continua aqui... É quase um parasita a se alimentar de mim, mas se me arrancarem... morro. Porque meu coração não é mais meu... é da ilusão.

Aos 22...

Achei que se chegasse aos 22, aos 22 eu finalmente me sentiria madura... no entanto estou aqui perdida nessas inseguranças... me sentindo a pessoa mais infantil desse mundo... Quase não me sinto eu mesma... Quase não sinto nada... Quase não me sinto... Quase não respiro... Quase não suspiro... Quase não... Quase... Qua... Q... ... Let That Be Enough - Switchfoot Wish I had what I needed To be on my own Cause I feel so defeated And I’m feeling alone And it all seems so helpless And I have no plans I’m a plane in the sunset With no where to land And all I see It could never make me happy And all my sandcastles Spend their time collapsing Let me know that you hear me Let me know your touch Let me know that you love me Let that be enough It’s my birthday tomorrow No one here could know I was born this thursday Twenty-two years ago And I feel stuck watching history repeating Oh am I just a kid who knows he’s needy? Let me know that you hear me Let

Para as pessoas que me fazem falta

Para as pessoas que me fazem falta, resta-me apenas desejar que ainda haja uma pequena ligação, nem que seja apenas naquele breve instante em que paramos para admirar a lua ao mesmo tempo.

Pablo Neruda

Dois... Apenas dois. Dois seres... Dois objetos patéticos. Cursos paralelos Frente a frente... ...Sempre... ...A se olharem... Pensar talvez: “Paralelos que se encontram no infinito...” No entanto sós por enquanto. Eternamente dois apenas.